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#26 – Perspectivas feministas sobre ciência e tecnologia

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Este episódio foi gravado no encontro da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias, que chamamos de ESOCITE-BR. Esta décima edição do evento aconteceu em Maceió, na Universidade Federal de Alagoas, no final de outubro de 2023.

Nesta ESOCITE-BR, nós propusemos o Fórum “Perspectivas feministas sobre ciência e tecnologia: experiências de troca e mobilização a partir da antropologia” que teve esta proposta original:

Este fórum propõe uma conversa entre antropólogas e interlocutoras situadas a partir de perspectivas feministas que percorrem o campo CTS. Pretendemos discutir em que medida o desenvolvimento científico/tecnológico atende a prioridades efetivamente coletivas, populares e locais; como dialogam movimentos sociais e pesquisas das áreas biológicas e exatas, e das humanidades e dos estudos sociais das ciências e das tecnologias. Como comunicar resultados, disputar sentidos, conversar sobre as pesquisas feitas sobre ciência e tecnologia na América Latina com um público mais amplo que o científico, e explorando através dos podcasts as transmidialidades do som, do texto, e da imagem? O fórum movimentará esta questão a partir de experiências de pesquisa sobre temáticas como menstruação, parto e os estudos de deficiência. Através de experimentações com a comunicação da ciência, através do podcast, propomos pensar como a perspectiva antropológica pode ajudar a inserir a ciência e tecnologia produzidas na América Latina no debate público, de perspectivas feministas conectadas às demandas que se articulam através de movimentos sociais. Como as sonoridades podem compor afetos que transformem as percepções e sentidos das ciências? Será possível pensarem decolonizar a ciência e a tecnologia a partir dos problemas colocados pelos estudos sociais das ciências e tecnologia sem nossa região? Será o áudio em podcast um tipo de mídia favorável para a produção de sentidos e afetos que humanizem mais a ciência, os/as cientistas, e redirecionem suas práticas para realidades mais democráticas, justas e inclusivas? Perguntamos, finalmente, como os estudos antropológicos sobre ciência, tecnologia e as tecnociências podem contribuir para deslocamentos de perspectiva e para a produção de novos horizontes de pensamento sobre o tipo de sociedade na qual queremos viver. Os debates fomentados ajudarão a levantar elementos para a discussão sobre ciência, educação e desenvolvimento de uma perspectiva que deixa de tratar a ciência por seu caráter eminentemente técnico, privilegiando identificá-la como uma prática humana, com pressupostos e expectativas sociais e políticas.

O formato de Fórum previu a participação dialogada de três duplas. Primeiro, Telma Low (psicóloga e professora da UFAL) e Débora Allebrandt (antropóloga e professora da UFAL). Segundo, Laert Malta (estudante de psicologia da UFAL e ativista no campo trans e da deficiência) e Nádia Meinerz (antropóloga e professora da UFAL). E a terceira dupla, Isabel de Rose (antropóloga e professora da Universidade Federal de Santa Catarina) e Clarissa Reche (antropóloga e doutora pela Universidade Estadual de Campinas). Daniela Manica, coordenadora do Mundaréu, antropóloga e professora da Unicamp, coordenou o Fórum.

Telma Low:

  • Currículo Lattes
  • Projeto de pesquisa, com coordenação de Débora Allebrandt, “Desafios e estratégias de educação permanente na Saúde Materno-Infantil em Alagoas”.
  • LOW, Telma et al. “Educação, saúde e feminismos no cotidiano de um Hospital-escola”. In: Érika Cecília Soares Oliveira; Marcos Ribeiro Mesquita; Tatiana Machiavelli Carmo (Orgs.). Feminismos, psicologia e resistências contemporâneas. Maceió: EdUFAL, 2020, pp. 69-94.

Débora Allebrandt:

  • Currículo Lattes
  • ALLEBRANDT, Debora. “Planejando rotas de fuga: Uma autoetnografia dos desafios da humanização do parto no ambiente hospitalar em Maceió”. Interseções 24, pp. 420-445, 2023.
  • MEINERZ, Nádia; SANTOS, Jhulia Nelly dos. “Ginecologia e colonialidade: Intersecções de raça e sexualidade”. Interseções 24, 2023, pp. 446-471.

Laert Malta e Silva:

Nádia Elisa Meinerz:

  • Currículo Lattes
  • MEINERZ, Nádia; BLOCK, Pamela. Dossiê Retratos Defiças: Arte, deficiência e comunicação. Mundaú 13, 2023.
  • TEIXEIRA, Bruna. Deficiena: fotocolagem como prática etnográfica da deficiência. Dissertação [Mestrado em Antropologia Social]. Maceió: Universidade Federal de Alagoas, 2021.
  • ALVES, Camila. E se experimentássemos mais? Contribuições não técnicas de acessibilidade em espaços culturais. Curitiba: Appris, 2000.
  • MUNIZ, Ange. Eutista. Trabalho de Conclusão de Curso [Graduação em Arquitetura, Urbanismo e Design]. Maceió: Universidade Federal de Alagoas, 2023.

Clarissa Reche Nunes da Costa:

  • Currículo Lattes
  • COSTA, Clarissa Reche Nunes da. Manchando: (o que) fazer (com) a menstruação. Estratégias e experimentos para vazar questões feministas através das tecnociências. Tese [Doutorado em Ciências Sociais]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2024.
  • COSTA, Clarissa Reche Nunes da.; VIEIRA, Naedja. De lua em lua. Série de podcast. Campinas: Mundaréu, 2024.

Isabel Santana de Rose:

  • Currículo Lattes
  • Rose, Isabel Santana. Tata endy rekoe. Fogo Sagrado: encontros entre os Guarani, a ayahuasca e o Caminho Vermelho. Tese [Doutorado em Antropologia Social]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2012.
  • ____.“Entre colinas verdes: Trabalhos espirituais, plantas e culinária. Reflexões sobre experiências de campo numa comunidade do Santo Daime”. In: Alinne Bonetti; Soraya Fleischer (Orgs.). Entre saias justas e jogos de cintura. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2007, pp. 327-352.

Expediente:

  • Apresentação do episódio: Soraya Fleischer
  • Cientistas participantes do Fórum: Telma Low, Débora Allebrandt, Laert Malta, Nádia Meinerz, Isabel de Rose e Clarissa Reche
  • Transcrição da gravação do Fórum: Maxie Viana Pereira
  • Coordenadora do Fórum: Daniela Manica
  • Roteiro do episódio: Soraya Fleischer
  • Revisão do roteiro: Luana Ainoã, Daniela Manica, Soraya Fleischer
  • Edição de áudio: Irene do Planalto
  • Projeto de pesquisa: Um mundaréu de histórias: Antropologia feminista da ciência e da tecnologia na América Latina (FAPESP)
  • Equipe do projeto de pesquisa: Daniela Manica, Clarissa Reche, Fernanda Mariath, Irene do Planalto Chemin, Isabela Dantas, Igor Pereira da Silva, Bruna Santos, Maxie Viana Pereira, Gabriel Marçal de Pereira (Unicamp); Alejandra Roca (Universidad de Buenos Aires, Argentina); Tânia Pérez-Bustos (Universidade Nacional da Colômbia); Soraya Fleischer, Camila Anselmo, Joana Amaral, Luana Ainoã e Sabrina Neves (UnB).
  • Coordenação do projeto de pesquisa: Daniela Manica.
  • Financiamento: FAPESP Processo No. 2022/05943-0.
  • Música: “Já foi” de Janine Mathias.
  • Imagem do header: Bairro do Pinheiro, Maceió/AL. Foto de Soraya Fleischer, outubro de 2023.
  • Conteúdo do sítio eletrônico: Soraya Fleischer e Daniela Manica.
  • Divulgação: Fernanda Mariath e Equipe do Mundaréu.
  • Coordenação do Mundaréu: Daniela Manica e Soraya Fleischer.

Agradecimentos: Organização da ESOCITE-BR, Universidade Federal de Alagoas, Janine Mathias, LABJOR/Unicamp, FAPESP, CNPq e toda a equipe do Mundaréu da UnB e da Unicamp.

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Este episódio foi gravado no encontro da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias, que chamamos de ESOCITE-BR. Esta décima edição do evento aconteceu em Maceió, na Universidade Federal de Alagoas, no final de outubro de 2023.

Nesta ESOCITE-BR, nós propusemos o Fórum “Perspectivas feministas sobre ciência e tecnologia: experiências de troca e mobilização a partir da antropologia” que teve esta proposta original:

Este fórum propõe uma conversa entre antropólogas e interlocutoras situadas a partir de perspectivas feministas que percorrem o campo CTS. Pretendemos discutir em que medida o desenvolvimento científico/tecnológico atende a prioridades efetivamente coletivas, populares e locais; como dialogam movimentos sociais e pesquisas das áreas biológicas e exatas, e das humanidades e dos estudos sociais das ciências e das tecnologias. Como comunicar resultados, disputar sentidos, conversar sobre as pesquisas feitas sobre ciência e tecnologia na América Latina com um público mais amplo que o científico, e explorando através dos podcasts as transmidialidades do som, do texto, e da imagem? O fórum movimentará esta questão a partir de experiências de pesquisa sobre temáticas como menstruação, parto e os estudos de deficiência. Através de experimentações com a comunicação da ciência, através do podcast, propomos pensar como a perspectiva antropológica pode ajudar a inserir a ciência e tecnologia produzidas na América Latina no debate público, de perspectivas feministas conectadas às demandas que se articulam através de movimentos sociais. Como as sonoridades podem compor afetos que transformem as percepções e sentidos das ciências? Será possível pensarem decolonizar a ciência e a tecnologia a partir dos problemas colocados pelos estudos sociais das ciências e tecnologia sem nossa região? Será o áudio em podcast um tipo de mídia favorável para a produção de sentidos e afetos que humanizem mais a ciência, os/as cientistas, e redirecionem suas práticas para realidades mais democráticas, justas e inclusivas? Perguntamos, finalmente, como os estudos antropológicos sobre ciência, tecnologia e as tecnociências podem contribuir para deslocamentos de perspectiva e para a produção de novos horizontes de pensamento sobre o tipo de sociedade na qual queremos viver. Os debates fomentados ajudarão a levantar elementos para a discussão sobre ciência, educação e desenvolvimento de uma perspectiva que deixa de tratar a ciência por seu caráter eminentemente técnico, privilegiando identificá-la como uma prática humana, com pressupostos e expectativas sociais e políticas.

O formato de Fórum previu a participação dialogada de três duplas. Primeiro, Telma Low (psicóloga e professora da UFAL) e Débora Allebrandt (antropóloga e professora da UFAL). Segundo, Laert Malta (estudante de psicologia da UFAL e ativista no campo trans e da deficiência) e Nádia Meinerz (antropóloga e professora da UFAL). E a terceira dupla, Isabel de Rose (antropóloga e professora da Universidade Federal de Santa Catarina) e Clarissa Reche (antropóloga e doutora pela Universidade Estadual de Campinas). Daniela Manica, coordenadora do Mundaréu, antropóloga e professora da Unicamp, coordenou o Fórum.

Telma Low:

  • Currículo Lattes
  • Projeto de pesquisa, com coordenação de Débora Allebrandt, “Desafios e estratégias de educação permanente na Saúde Materno-Infantil em Alagoas”.
  • LOW, Telma et al. “Educação, saúde e feminismos no cotidiano de um Hospital-escola”. In: Érika Cecília Soares Oliveira; Marcos Ribeiro Mesquita; Tatiana Machiavelli Carmo (Orgs.). Feminismos, psicologia e resistências contemporâneas. Maceió: EdUFAL, 2020, pp. 69-94.

Débora Allebrandt:

  • Currículo Lattes
  • ALLEBRANDT, Debora. “Planejando rotas de fuga: Uma autoetnografia dos desafios da humanização do parto no ambiente hospitalar em Maceió”. Interseções 24, pp. 420-445, 2023.
  • MEINERZ, Nádia; SANTOS, Jhulia Nelly dos. “Ginecologia e colonialidade: Intersecções de raça e sexualidade”. Interseções 24, 2023, pp. 446-471.

Laert Malta e Silva:

Nádia Elisa Meinerz:

  • Currículo Lattes
  • MEINERZ, Nádia; BLOCK, Pamela. Dossiê Retratos Defiças: Arte, deficiência e comunicação. Mundaú 13, 2023.
  • TEIXEIRA, Bruna. Deficiena: fotocolagem como prática etnográfica da deficiência. Dissertação [Mestrado em Antropologia Social]. Maceió: Universidade Federal de Alagoas, 2021.
  • ALVES, Camila. E se experimentássemos mais? Contribuições não técnicas de acessibilidade em espaços culturais. Curitiba: Appris, 2000.
  • MUNIZ, Ange. Eutista. Trabalho de Conclusão de Curso [Graduação em Arquitetura, Urbanismo e Design]. Maceió: Universidade Federal de Alagoas, 2023.

Clarissa Reche Nunes da Costa:

  • Currículo Lattes
  • COSTA, Clarissa Reche Nunes da. Manchando: (o que) fazer (com) a menstruação. Estratégias e experimentos para vazar questões feministas através das tecnociências. Tese [Doutorado em Ciências Sociais]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2024.
  • COSTA, Clarissa Reche Nunes da.; VIEIRA, Naedja. De lua em lua. Série de podcast. Campinas: Mundaréu, 2024.

Isabel Santana de Rose:

  • Currículo Lattes
  • Rose, Isabel Santana. Tata endy rekoe. Fogo Sagrado: encontros entre os Guarani, a ayahuasca e o Caminho Vermelho. Tese [Doutorado em Antropologia Social]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2012.
  • ____.“Entre colinas verdes: Trabalhos espirituais, plantas e culinária. Reflexões sobre experiências de campo numa comunidade do Santo Daime”. In: Alinne Bonetti; Soraya Fleischer (Orgs.). Entre saias justas e jogos de cintura. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2007, pp. 327-352.

Expediente:

  • Apresentação do episódio: Soraya Fleischer
  • Cientistas participantes do Fórum: Telma Low, Débora Allebrandt, Laert Malta, Nádia Meinerz, Isabel de Rose e Clarissa Reche
  • Transcrição da gravação do Fórum: Maxie Viana Pereira
  • Coordenadora do Fórum: Daniela Manica
  • Roteiro do episódio: Soraya Fleischer
  • Revisão do roteiro: Luana Ainoã, Daniela Manica, Soraya Fleischer
  • Edição de áudio: Irene do Planalto
  • Projeto de pesquisa: Um mundaréu de histórias: Antropologia feminista da ciência e da tecnologia na América Latina (FAPESP)
  • Equipe do projeto de pesquisa: Daniela Manica, Clarissa Reche, Fernanda Mariath, Irene do Planalto Chemin, Isabela Dantas, Igor Pereira da Silva, Bruna Santos, Maxie Viana Pereira, Gabriel Marçal de Pereira (Unicamp); Alejandra Roca (Universidad de Buenos Aires, Argentina); Tânia Pérez-Bustos (Universidade Nacional da Colômbia); Soraya Fleischer, Camila Anselmo, Joana Amaral, Luana Ainoã e Sabrina Neves (UnB).
  • Coordenação do projeto de pesquisa: Daniela Manica.
  • Financiamento: FAPESP Processo No. 2022/05943-0.
  • Música: “Já foi” de Janine Mathias.
  • Imagem do header: Bairro do Pinheiro, Maceió/AL. Foto de Soraya Fleischer, outubro de 2023.
  • Conteúdo do sítio eletrônico: Soraya Fleischer e Daniela Manica.
  • Divulgação: Fernanda Mariath e Equipe do Mundaréu.
  • Coordenação do Mundaréu: Daniela Manica e Soraya Fleischer.

Agradecimentos: Organização da ESOCITE-BR, Universidade Federal de Alagoas, Janine Mathias, LABJOR/Unicamp, FAPESP, CNPq e toda a equipe do Mundaréu da UnB e da Unicamp.

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