Artwork

Contenu fourni par O Globo. Tout le contenu du podcast, y compris les épisodes, les graphiques et les descriptions de podcast, est téléchargé et fourni directement par O Globo ou son partenaire de plateforme de podcast. Si vous pensez que quelqu'un utilise votre œuvre protégée sans votre autorisation, vous pouvez suivre le processus décrit ici https://fr.player.fm/legal.
Player FM - Application Podcast
Mettez-vous hors ligne avec l'application Player FM !

O acordo entre governo e oposição na Venezuela

19:49
 
Partager
 

Manage episode 380567758 series 2527084
Contenu fourni par O Globo. Tout le contenu du podcast, y compris les épisodes, les graphiques et les descriptions de podcast, est téléchargé et fourni directement par O Globo ou son partenaire de plateforme de podcast. Si vous pensez que quelqu'un utilise votre œuvre protégée sans votre autorisation, vous pouvez suivre le processus décrit ici https://fr.player.fm/legal.
O governo e a oposição na Venezuela fecharam na semana passada, um acordo que viabiliza a realização de eleições presidenciais em 2024. O acerto foi firmado após anos de acusações, prisões políticas e aplicação de sanções internacionais. Entre os compromissos para restauração da normalidade democrática na Venezuela, além da eleição, está a atualização dos registros eleitorais, incluindo os mais de 6 milhões que moram foram do país. A suspensão das sanções só foi possível após uma negociação de pelo menos seis meses entre os governos de Joe Biden e de Nicolás Maduro, e se concentra especialmente no mercado de petróleo e gás, onde há o maior interesse para os Estados Unidos e Europa. Desde a chegada de Biden à Casa Branca, há contatos entre Caracas e Washington, focados no fornecimento de petróleo aos americanos, e a invasão russa da Ucrânia, no ano passado, acelerou o processo: afinal, o petróleo da Rússia está sob embargo do Ocidente e uma série de países, e os EUA precisavam garantir o insumo de maneira segura e regular. O Brasil teve participação decisiva no acordo, pós anos deixado de fora de negociações entre governo e oposição na Venezuela. O presidente Lula investiu nessa questão desde que assumiu o Planalto e, com isso, o Brasil foi convidado a participar da cerimônia em que o acordo foi firmado, mesmo não tendo feito parte do grupo formado em 2019 para as discussões. Até então, o presidente brasileiro era Jair Bolsonaro, que junto aos EUA e outros países, chegou a reconhecer o líder da oposição, Juan Guaidó, como o presidente venezuelano. Na última quarta-feira, um dia depois da assinatura do acordo, Gerardo Blyde, líder da delegação opositora na mesa de diálogo, publicou uma lista com cinco presos políticos libertados, como o jornalista Roland Carreño, próximo a Juan Guaidó e opositor de Maduro. Entre os presos políticos estão Mariana Barreto, detida por protestar contra irregularidades no fornecimento de gasolina no estado de Trujillo em 2019; o ex-deputado venezuelano Juan Requesens, condenado pela acusação de tentativa de magnicídio contra Maduro; Marco Garcés Carapaica, estudante universitário detido em 2020 por estar no mesmo veículo que um ex- oficial da Marinha dos EUA. Até 10 de outubro, a Venezuela tinha 273 presos políticos, segundo a ONG Foro Penal. Ainda há pontos a serem decididos no acordo, como a participação de elementos da oposição na disputa que foram considerados inabilitados para estarem nas cédulas, como Maria Corina Machado e Henrique Capriles. O texto estabelece que será promovida a “autorização a todos os candidatos presidenciais e partidos políticos, desde que cumpram os requisitos estabelecidos na lei". Com isso, o documento mantém em aberto a possibilidade de que os atuais vetos judiciais sejam utilizados para impedir a inscrição dos candidatos. Neste episódio do Ao Ponto, a repórter do GLOBO Marina Gonçalves fala sobre o cenário político que se desenha na Venezuela, além dos impactos financeiros do acordo. Ela ainda comenta como o Brasil entra nesta equação, com a mudança das relações com a Venezuela após o presidente Lula assumir o governo.
  continue reading

1044 episodes

Artwork
iconPartager
 
Manage episode 380567758 series 2527084
Contenu fourni par O Globo. Tout le contenu du podcast, y compris les épisodes, les graphiques et les descriptions de podcast, est téléchargé et fourni directement par O Globo ou son partenaire de plateforme de podcast. Si vous pensez que quelqu'un utilise votre œuvre protégée sans votre autorisation, vous pouvez suivre le processus décrit ici https://fr.player.fm/legal.
O governo e a oposição na Venezuela fecharam na semana passada, um acordo que viabiliza a realização de eleições presidenciais em 2024. O acerto foi firmado após anos de acusações, prisões políticas e aplicação de sanções internacionais. Entre os compromissos para restauração da normalidade democrática na Venezuela, além da eleição, está a atualização dos registros eleitorais, incluindo os mais de 6 milhões que moram foram do país. A suspensão das sanções só foi possível após uma negociação de pelo menos seis meses entre os governos de Joe Biden e de Nicolás Maduro, e se concentra especialmente no mercado de petróleo e gás, onde há o maior interesse para os Estados Unidos e Europa. Desde a chegada de Biden à Casa Branca, há contatos entre Caracas e Washington, focados no fornecimento de petróleo aos americanos, e a invasão russa da Ucrânia, no ano passado, acelerou o processo: afinal, o petróleo da Rússia está sob embargo do Ocidente e uma série de países, e os EUA precisavam garantir o insumo de maneira segura e regular. O Brasil teve participação decisiva no acordo, pós anos deixado de fora de negociações entre governo e oposição na Venezuela. O presidente Lula investiu nessa questão desde que assumiu o Planalto e, com isso, o Brasil foi convidado a participar da cerimônia em que o acordo foi firmado, mesmo não tendo feito parte do grupo formado em 2019 para as discussões. Até então, o presidente brasileiro era Jair Bolsonaro, que junto aos EUA e outros países, chegou a reconhecer o líder da oposição, Juan Guaidó, como o presidente venezuelano. Na última quarta-feira, um dia depois da assinatura do acordo, Gerardo Blyde, líder da delegação opositora na mesa de diálogo, publicou uma lista com cinco presos políticos libertados, como o jornalista Roland Carreño, próximo a Juan Guaidó e opositor de Maduro. Entre os presos políticos estão Mariana Barreto, detida por protestar contra irregularidades no fornecimento de gasolina no estado de Trujillo em 2019; o ex-deputado venezuelano Juan Requesens, condenado pela acusação de tentativa de magnicídio contra Maduro; Marco Garcés Carapaica, estudante universitário detido em 2020 por estar no mesmo veículo que um ex- oficial da Marinha dos EUA. Até 10 de outubro, a Venezuela tinha 273 presos políticos, segundo a ONG Foro Penal. Ainda há pontos a serem decididos no acordo, como a participação de elementos da oposição na disputa que foram considerados inabilitados para estarem nas cédulas, como Maria Corina Machado e Henrique Capriles. O texto estabelece que será promovida a “autorização a todos os candidatos presidenciais e partidos políticos, desde que cumpram os requisitos estabelecidos na lei". Com isso, o documento mantém em aberto a possibilidade de que os atuais vetos judiciais sejam utilizados para impedir a inscrição dos candidatos. Neste episódio do Ao Ponto, a repórter do GLOBO Marina Gonçalves fala sobre o cenário político que se desenha na Venezuela, além dos impactos financeiros do acordo. Ela ainda comenta como o Brasil entra nesta equação, com a mudança das relações com a Venezuela após o presidente Lula assumir o governo.
  continue reading

1044 episodes

Tous les épisodes

×
 
Loading …

Bienvenue sur Lecteur FM!

Lecteur FM recherche sur Internet des podcasts de haute qualité que vous pourrez apprécier dès maintenant. C'est la meilleure application de podcast et fonctionne sur Android, iPhone et le Web. Inscrivez-vous pour synchroniser les abonnements sur tous les appareils.

 

Guide de référence rapide